quarta-feira, 29 de julho de 2009

Jorge Palma (",)



Ontem assisti, como a lágrima no olho, a um concerto deste grande poeta tuga. De todos os que tive o previlégio de assistir, este foi sem dúvida o mais deprimente.
Com uma voz inconfundível, um talento para o piano e uma alma que escreve como muito poucos....e com uma grande moca em cima!!!
Não é novidade para ninguém que esta personagem actua quase sempre alcoolizado, mas chegar ao ponto de se esqueçer das letras em palco, de cambalear e repetir as coisas 100 mil vezes, é demais.
É notória a perturbação dentro daquela alma, o sofrimento em que se encontra dentro daquele coração. Parece que ser um grande poeta, ainda hoje, acarreta sequelas incalculáveis na alma.
Talvez seja a capacidade de ver e sentir de uma forma tão mágica e diferente tudo quanto os rodeia.


A gente vai continuar

"Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota



Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo"


http://pwp.netcabo.pt/0679089901/jp.pdf

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